01/06/2008

Música para os meus ouvidos...


Sempre chega a hora da solidão;
Sempre chega a hora de arrumar o armário;
Sempre chega a hora do poeta pledir;
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede.

O tempo passa e engraxa a gastura dos sapatos,
Na pressa a gente não nota que a lua muda de formato.
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô,
Confundo a vida ser um longa metragem
E o diretor, segue seu destino de cortar as cenas.
E o velho vai ficando fraco e esvaziando os frascos
e já não vai mais ao cimena...

Tudo passa e eu ainda
Ando pensando em você!
(...)

A idade aponta na falha dos cabelos;
Outro mês aponta na folha do calendário.
As senhoras vão trocando o vestuário,
As meninas viram a página do diário.

O tempo faz tudo valer a pena,
E nem o erro é disperdício.
Tudo cresce!
E o início deixa de ser início,
E vai chegando ao meio
Aí começo a pensar que nada tem fim...
Que nada tem fim!

Ana Carolina/ Perfil