09/08/2009

PAI: Herói ou vilão ?

O dia começou bem cedinho, opa ! Hora de correr para dar um abraço no velho, mas espera aí... ele não está aqui. Eu posso telefonar, mandar uma mensagem pelo celular, é... vou fazer isto.
Assim como no dia das mães sempre me vem pensamentos estranhos à cabeça, acho que sou meio maluca ou talvez minhas infinitas perguntas sem resposta me façam sentir assim. "Pra que mesmo que existem os pais ? E as mães ? E família então... uhhsss... Começo a lembrar dos meus aluninhos da pré escola, quando falamos sobre isso, lá vêm eles com as respostas mais doidas e finalmente... "Pra cuidar da gente tia Dani !" ( sempre tem um , com um sorrisinho nos lábios pra dizer o que queremos ouvir...rsrs). Aí eu fico pensando aqui, neste fim de tarde : porque será que pai e mãe sempre acham que fizeram tudo o que podiam ? E porque será que nós, filhos, sempre achamos que não fizeram ?
Sabe, eu ainda não sou mãe e apesar de esta ser mais uma preocupação dos outros do que minha, eu fico observando as relações familiares que se passam à minha volta e sempre acho que podiam ser melhores. Que podiam ter mais carinho, que podia ser dispendido mais tempo para ficar junto com quem a gente gosta e jogar conversa fora, e contar histórias que se foram e planejar o amanhã que virá. Peceber o olhar de insegurança e fazer algo que muitas vezes eu acho uma chatice, mas que para quem amo é importante. Este tipo de coisa, a gente só faz por quem a gente ama... de verdade. Eu tenho uma amiga, amiga mesmo daquela tipo irmã do coração que sempre que quer puxar a minha orelha, começa assim: "Talvez eu nem devesse te falar isso, e talvez vá me achar chata por te dizer isso..." kkk... Eu acho lindo! É lindo porque eu sei que lá vem algo que talvez eu até não concorde, mas provavelmente é a real e com certeza é para o meu bem.
Porque falar nestes assuntos num dia de comemorar ? Simplesmente porque pai e mãe são o nosso primeiro exemplo de conduta, principalmente na infância. Observe uma menina brincando de casinha: ela tem como parâmetro as ações da mãe e mais tarde da professora e é aí que ela internaliza o que aprende nestas relações. Pode até ser que mais tarde consigamos ver nossos pais como o que não queremos ser quando crescer, ou simplesmente que não faríamos muitas coisas que eles fizeram conosco e a isto damos o nome de maturidade, ou simplesmente conciência crítica. Sabe, eu penso que se um dia eu tiver filhos não vou me preocupar tanto em deixar uma herança patrimonial a eles, talvez seja mais importante estar presente nos momentos de alegria ou de dor. Quem me conhece, sabe do que estou falando, entretanto quem não me conhece, neste momento pode saber que eu sou professora, eu sei... pode não ser muita coisa em termos de status social, mas minha família teve poucas pessoas com nível superior até hoje. Talvez seja por isso que fui sozinha à minha colação de grau. Tudo bem... já passou. Fiquei muito triste naquele dia, mas hoje eu entendo que isso não é motivo para ficar remoendo e nem culpando ninguém , mas achei que falar neste assunto podia ser útil para as pessoas repensarem seu convívio com aqueles que amam.
De qualquer forma, em qualquer situação...
PAI, EU TE AMO!

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